Racconti di viaggi vissuti nella pancia del mondo

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Autoconhecimento e Django Girls Salvador

Em 2015 participei com alguns amigos da faculdade de uma palestra sobre como a sua melhor versão pode lhe levar além. Como já era esperado pelo título, em algum momento a palestrante falou sobre como o autoconhecimento era a chave para conseguirmos alcançar nossas metas, e viver a vida que desejamos. Para mim não era nenhuma novidade aquelas falas, e achava curioso a forma convidativa como ela falava do assunto, como se a auto descoberta fosse realmente toda aquela via de mil maravilhas e tão simples de lidar.

Eu sabia muito bem que o processo de autoconhecimento nem sempre é aquele divertimento todo que estava sendo vendido ali no palco. Sabia também que o caminho era sempre longo e em alguns momentos solitários. A gente passa por “n” situações de incertezas, ansiedades, depressões, tiramos descanso para lidar com algumas pressões familiares e do mundo externo, e depois voltamos para a imensa vontade de por um fim nisso tudo. Ao final da palestra sabia muito bem que eu era mais uma pessoa mal resolvida, escutando os relatos de alguém que chegou ao topo do mundo, e parte de seu dinheiro vinha de vender algumas palavras para que outras pessoas pudessem conquistar o seu espaço também.

Acontece que o topo do mundo que ela conquistou, não seria o mesmo que o meu. E se tinha uma coisa que me incomodava em todas palestras que tratavam desse assunto, eram perguntas como “Qual a sua missão no mundo”? ou “Qual causa que você gostaria de defender?”. Sempre achei esse tipo de pergunta muito complexa e precipitada, e sempre acho engraçado como as pessoas procuram a resposta para ela olhando para um mesmo problema, ou presos a uma bolha.

Curiosamente, alguns fatos na minha vida acabaram me levando a TI e a ser protagonista do famoso cenário “há poucas mulheres na minha turma”. Comecei a conhecer várias pessoas, ouvir sobre comunidade e acompanhar os projetos que surgiam de inclusão e diversidade. Porém, nunca pude imaginar que pouco tempo depois estaria fazendo alguma coisa em prol disso.

Adesivos maravilhosos da Umbler de incentivo à participação feminina em tecnologia *-*

Junto com a Mariana, Brenda e a Ana organizamos a primeira edição do Django Girls Salvador, que aconteceu no dia 29 de Julho de 2017. O Django Girls é uma oficina com o intuito de introduzir conceitos de programação e desenvolvimento web para mulheres, independente de faixa etária ou conhecimento provisório. O evento aconteceu na Faculdade Devry Ruy Barbosa, com o apoio de empresas e ajuda de voluntários(as) que dedicaram seu tempo para atuarem como mentores(as), auxiliando as 55 participantes, todas elas curiosas para aprenderem algo novo e expandir seu leque de possibilidades no futuro.

Participantes, mentores e equipe organizadora do Django Girls Salvador

Recebemos ao todo 161 inscrições de garotas de Camaçari, Salvador, Feira de Santana, Santo Amaro e Vitória da Conquista. Em sua maioria eram estudantes com mais de 23 anos, de cursos não relacionados à ciências exatas. Ler as inscrições me fez pensar em como estamos todos conectados por um ciclo, e como algumas decisões nossas podem influenciar em paralelo a vida dos outros e as nossas vidas. Ver as participantes realizando o tutorial do Django Girls me fez lembrar de quando eu tava começando e voltava para casa cheia de dúvidas por ser minoria, não saber muito e não fazer parte de um ambiente acolhedor.

No final do dia querendo ou não todas elas haviam dado uma chance para a sua possível melhor versão. Sem se preocupar em criar um tutorial ou responder perguntas e cravá-las sob pedra, muitas vezes sem perceber, damos passos decisivos que mudam todo o nosso contexto, e nos vemos respondendo perguntas que nos prendiam anos atrás, porém dessa vez com ações. Ser dono(a) dessa ações não significa paz plena diante de todas as situações que ela lhe traz.

Para as que estão começando hoje, ter participado do Django Girls foi um grande primeiro passo, mas à medida que forem avançando, provavelmente irão perceber como esse processo de autoconhecimento está tão distante de ser finalizado, dizer “sim” para a programação foi só o início da surra de lições que ela pode lhe dar enquanto tenta aprender uma linguagem/paradigma novo. É bem capaz que você note o quanto que acaba aprendendo sobre a sua personalidade enquanto tenta resolver um bug e outro.

E o que eu quis falar no final disso tudo, é que aprender sobre si mesmo ou algo novo não deve ser um processo engessado. Muitas vezes buscar respostas absolutas para determinadas perguntas, quando temos uma visão parcial e fragmentada das coisas, não é a melhor forma de guiar nossas vidas. Tentamos nos libertar pela ideia de liberar a melhor versão, e ficamos presos aos supostos meios de fazer isso acontecer.

As coisas vão acontecendo e quando você para perceber, já está envolvido com um propósito, fazendo atividades que lhe orgulham, descobrindo mais sobre ti em atividades rotineiras do dia e se construindo a cada fase finalizada. Sem a pressão da “versão x.0” e deixando as descobertas chegarem com o tempo.

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